Vacina de Oxford: o que se sabe até agora sobre a principal aposta de imunização do Ministério da Saúde

Os testes iniciais em humanos da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca começaram ainda em abril. A Organização Mundial da Saúde (OMS) chegou a falar que era a opção mais adiantada no mundo na época e, também, a mais avançada em desenvolvimento. Em 27 de junho, o Ministério da Saúde anunciou a compra da tecnologia para produção dentro da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Nesta sexta-feira (8), o pedido emergencial para o uso da vacina foi feito junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Veja, abaixo, as principais questões sobre a vacina de Oxford e em seguida as respostas:
- Como é a vacina de Oxford?
- A vacina é segura?
- Onde a vacina foi desenvolvida?
- Quantos voluntários foram recrutados nos testes?
- Qual a eficácia?
- Quantas doses devem ser aplicadas para garantir imunização?
- A vacina tem efeitos colaterais?
- Durante os estudos, alguém teve algum evento adverso grave?
- A vacina pode ser combinada com outro imunizante?
- O Brasil pode produzir ela por aqui ou precisa comprar de fora?
- Quantas doses o governo já tem da vacina, que já foram produzidas?
- Quantas doses da vacina de Oxford o governo pretende aplicar em 2021?
- Quanto deve custar cada vacina para o governo federal?
- A vacina já foi aprovada pela Anvisa?
- Algum país já está aplicando a vacina?
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Foto sem data divulgada em 23 de novembro mostra frasco da vacina da Universidade de Oxford contra a Covid-19. — Foto: John Cairns / University of Oxford / AFP
1. Como é a vacina de Oxford?
O nome da vacina é ChAdOx1. Ela utiliza uma tecnologia conhecida como vetor viral recombinante. Ela é produzida a partir de uma versão enfraquecida de um adenovírus que causa resfriado em chimpanzés — e que não causa doença em humanos. A esse imunizante foi adicionado o material genético usado na produção da proteína “spike” do Sars-CoV-2 (a que ele usa para invadir células), induzindo os anticorpos.
2. A vacina é segura?
Sim. Estudo preliminar publicado em outubro de 2020 e, depois, outra pesquisa publicada em novembro na “The Lancet” mostraram segurança e também a indução de “uma forte resposta imune”, principalmente em idosos, durante a fase 2 de testes.
Nesta etapa dos estudos, a vacina foi testada em 560 participantes, incluindo 240 pessoas com mais de 70 anos. A fase 2 verifica a segurança e a capacidade do imunizante de gerar uma resposta do sistema de defesa. Normalmente, ela é feita com centenas de voluntários.
Fonte: Carolina Dantas e Mariana Garcia, G1